terça-feira, 2 de outubro de 2012

A organização do espaço econômico brasileiro


CAP 13

A organização do espaço econômico brasileiro

País emergente de industrialização tardia pelo modelo de substituição de importações o Brasil ainda apresenta características do subdesenvolvimento, como grandes desigualdades sociais e dependência financeira e tecnológica. O processo de ocupação e organização econômico é o principal responsável por essa situação.
A Herança colonial
A herança deixada pela exploração portuguesa ao Brasil é um peso que muito se discutiu na historiografia brasileira. No contexto do mercantilismo, a América Latina em geral tornou-se um grande centro fornecedor de matérias-primas e produtos primários, além de ouro e prata. O problema dessa região, foi ter sido muito importante para suas metrópoles – Portugal e Espanha – que passaram a explorar sistematicamente suas populações e seus territórios, impedindo quaisquer tentativas de progresso.
No Brasil, um dos maiores fardos que carregamos está relacionada à escravidão. Embora tenha permitido a formação de um povo mestiço e de cultura sincrética, essa forma de trabalho compulsório deslocou milhares de almas africanas para a colônia portuguesa, onde se tornaram a mão-de-obra responsável pela produção açucareira e, posteriormente, a mineração.
Outro caráter da colonização lusitana foi a grande propriedade territorial, originária da concessão de capitanias hereditárias para que donatários pudessem iniciar o domínio no Brasil. Estes, por sua vez, concediam sesmarias a outros membros da empreitada colonial, o que possibilitou a concentração de terras nas mãos de poucos.
Assim, o período colonial é a razão de vários problemas que hoje enfrentamos. No entanto, parte da nossa cultura foi forjada nesse período, uma vez que os portugueses imputaram o seu idioma e sua religiosidade católica, os quais terminaram por se encontrar com os aspectos africanos e ameríndios, formando o que chamamos de povo brasileiro.
Formação do território brasileiro e o desenvolvimento de sua economia.

A importância das atividades econômicas

As atividades econômicas foram fator essencial para a expansão territorial brasileira. Nossa economia colonial (1500- 1822) girava em torno da produção de gêneros primários voltados, em sua maior parte, á exportação e ás necessidades da metrópole portuguesa.


Atividades econômicas do período colonial.

No século XVI- a exploração do pau- brasil era o motor da economia. Nos séculos seguintes, a própria escassez de tal recurso fez gerar novos interesses aos portugueses.

No século seguinte já se tinha um território muito maior e com atividades econômicas mais diversificadas como, o cultivo da cana-de-açúcar, inicio de atividades pecuárias.
Em meados de 1740 a 1750 já no século XVIII, a atividade mineradora, ou seja, a extração de recursos minerais, do solo brasileiro já se destacavam entre os portugueses, e nesse momento o território também já se apresenta basicamente com sua forma atual.

Arquipélago econômico

Normalmente dizemos que o desenvolvimento do território brasileiro se deu em forma de arquipélagos (ilhas). Pois a medida que se mudavam as atividades econômicas algumas cidades surgiram, associadas às atividades econômicas em si, e às vezes muito distante umas das outras. Então podemos deduzir que a expansão de nosso território ocorre de forma desigual, e não existe articulação entre as áreas.

Drogas do Sertão
Nos séculos XVI e XVII, a exploração da região amazônica acabou surgindo como uma solução para o papel econômico anteriormente desempenhado pelas especiarias indianas. Afinal, esse espaço do território colonial acabou se mostrando rico em frutas, sementes, raízes e outras plantas que tinham finalidades medicinais e culinárias. Cacau, cravo, guaraná, urucum, poaia e baunilha foram alguns dos produtos que ficaram conhecidos como as tais “drogas do sertão”. Na maioria das vezes, a extração das drogas do sertão era feita pelas missões jesuítas que se localizavam no interior do território e aproveitavam da mão de obra indígena disponível.
A industrialização e a integração nacional
A integração Nacional

Até 1930, as principais atividades econômicas desenvolvidas no Brasil – canavieira, mineradora e cafeeira – destinavam-se ao mercado externo. A partir daí teve início um processo que se voltou para o abastecimento do mercado interno. Retomando a ideia de que “o Brasil não é só litoral”. A integração econômica territorial do Brasil ou a organização de um espaço nacional interligado só ocorreu de fato com a industrialização, iniciada na década de 1930 e consolidada a partir da década de 1950.


DIT- Divisão Internacional do trabalho: De modo simplificado, é a divisão do trabalho ou da produção, imposta pelos países colonizadores (metrópoles) às suas colônias, cabendo a estas o fornecimento de produtos agrícolas e industriais na interdependência econômica estabelecida.


CAP 14
O processo de industrialização no Brasil

Diversos países, como Argentina, México e Brasil, iniciaram o processo de industrialização efetiva a partir da segunda metade do século XX, no entanto, o embrião desse processo no Brasil ocorreu ainda nas primeiras décadas de 30, momentos depois da crise de 29. Crise essa que ocasionou a falência de muitos produtores de café, com isso, a produção cafeeira entrou em declínio. A primeira região a se desenvolver industrialmente foi a Região Sudeste.
O desenvolvimento industrial brasileiro se deu lentamente e somente aconteceu após o rompimento de obstáculos e de medidas políticas, como nos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek  que foram imprescindíveis para que as indústrias se proliferassem no Brasil. Pois, os longos anos em que o território brasileiro foi colônia portuguesa, a economia se restringiu à prática da agricultura conhecida também como monocultura, isto é, o plantio de um único tipo de produto, como o açúcar.
A coroa portuguesa proibia a instalação do comércio manufatureiro no Brasil para justamente impedir o crescimento de sua colônia, para que ela continuasse somente fornecendo produtos agrícolas para o mercado externo. Porém, foi a partir do processo de independência do Brasil que iniciaram pequenas mudanças econômicas, principalmente, na metade do século XIX, com o desenvolvimento da economia cafeeira em que os altos lucros propiciaram investimentos em outras atividades econômicas, como a indústria.

Industrialização Tardia
Os países subdesenvolvidos, outrora agrupados dentro do "Terceiro Mundo", tiveram uma industrialização bem posterior ao nascimento das grandes potências industriais. Esse processo consolidou-se fundamentalmente logo após a 2.a Guerra Mundial e apoiou-se nos seguintes fatores:


- atuação do Estado na infraestrutura e na indústria de base;
- estratégia de "substituição de importações", através de políticas protecionistas (restringindo as importações de bens industriais) e fomento à nascente indústria nacional;
- estímulo à implantação de filiais das empresas transnacionais ou multinacionais, principalmente no setor de bens de consumo duráveis (automobilísticas e eletroeletrônicas, por exemplo);
- produção voltada essencialmente para o mercado interno.

A industrialização dos países subdesenvolvidos também gerou significativas concentrações industriais, algumas das quais estão relacionadas a seguir:


- Sudeste do Brasil;
- Grande Buenos Aires, na Argentina;
- Eixo cidade de México - Guadalajara - Monterrey;
- Cidade do Cabo e Joanesburgo, na África do Sul





O Continente Europeu (O Relevo e o Clima)


UNIDADE 3

O continente europeu
Ponto de partida da Revolução Industrial e da era moderna, a Europa continua sendo um continente de grandes contrastes, onde há prosperidade e democracia, mas também pobreza, conflitos étnicos e ditaduras. Suas 48 nações costumam ser divididas em Europa Ocidental, que reúne as desenvolvidas ou em crescimento, nas quais as instituições democráticas estão consolidadas - caso da Finlândia, Holanda e Irlanda -, e Europa Oriental, formada predominantemente por países que saíram do regime comunista e estão com as economias arruinadas ou em recuperação, como a Romênia, Ucrânia e a Albânia.


                                                        Mapa do Continente Europeu

O Relevo               

Características físicas - A Europa pertence à massa de terra chamada Eurásia. A fronteira convencional com o continente asiático compreende os montes Urais, o rio Ural, o mar Cáspio, as montanhas do Cáucaso e o mar Negro. O litoral, bastante recortado, apresenta cinco grandes penínsulas - Ibérica, Itálica, Balcânica, Escandinava e da Jutlândia - e várias ilhas e arquipélagos, entre os quais Grã-Bretanha, Islândia, Córsega, Sicília e Creta. O relevo montanhoso prevalece na porção norte - montes Escandinavos e as cadeias das ilhas Britânicas - e na porção sul - Pirineus, Alpes, Cárpatos e Bálcãs. No centro existe uma vasta planície que se estende, quase sem interrupção, dos Pirineus aos montes Urais. O maior rio, o Volga, tem 3 531 km. Onde o rio Reno é um dos rios navegáveis mais importante da Europa, passando por diversos países, ajudando na escoação de matérias-primas e de produtos já industrializados.
Pontos importantes
Mais de 75% das terras europeias são planas, em seu relevo, distingue-se três unidades:
Maciços antigos: Montanhas muito antigas, que se situam no norte e no leste do continente, entre as quais se destacam os Montes Urais – que separam a Europa da Ásia, a leste – os Alpes Escandinavos.
Planícies Centrais: Localizada na região central, possuem terras muito férteis.
Cordilheiras recentes: Montanhas jovens e de elevada altitude, os Pirineus, os Cárpatos, os Apeninos, os Balcãs e a Cadeia do Cáucaso.
Ponto mais elevado: monte Elbro, 5 642 m (Federação Russa); maior depressão: mar Cáspio, 28 m (Azerbaijão/Federação Russa/Cazaquistão/Irã/Turcomenistão); maior ilha: Grã-Bretanha, 229 885 km²; maior mar: mar do Norte, 580 000 km2; maior golfo: golfo de Bothnia, 117 000 km²; maior lago: Ladoga, 18400 km² (Federação Russa); maior rio: Volga, 3531 km; maior bacia hidrográfica: bacia do Volga, 1 360 000 km²; capital mais elevada: Andorra la Vella, 1 070 m (Andorra); altitude média: 340 m; extensão do litoral: 113 725 km (inclui a costa da Federação Russa).

Clima e Vegetação

CLIMA

O clima europeu caracteriza-se por ser predominantemente temperado. É influenciado por vários fatores: latitude, relevo, maritimidade, Corrente do Golfo e ventos dominantes.

Latitude – A Europa encontra-se quase totalmente localizada na zona temperada do Hemisfério Norte, com a maior parte de suas terras compreendida entre os paralelos de 40º e 50º de latitude norte. Uma pequena parte situa-se na Zona Polar Ártica.
Relevo – Apesar das cadeias montanhosas, sua disposição favorece a penetração de ventos predominantes de Oeste, no centro do continente e nas planícies orientais.
Maritimidade – O Oceano Atlântico influencia os fenômenos climáticos. A forma recortada do continente coloca qualquer área a apenas 500 km do litoral na Europa Ocidental, ou a 800 km na Europa Oriental. A Europa Ocidental possui um clima moderado marítimo, com invernos suaves e verões brandos; já a Europa Oriental possui um clima continental, com verões quentes e invernos rigorosos.
Corrente do Golfo – É uma corrente marítima quente, que atenua o inverno no Noroeste da Europa, provocando um aumento nas médias térmicas da região.
Ventos Dominantes – Predominam os ventos de Oeste, que levam para o interior do continente as influências do Oceano Atlântico.

Ainda em relação ao clima europeu, podemos destacar o fog (denso nevoeiro), que caracteriza as ilhas britânicas, e o smog, que é o resultado da poluição e do nevoeiro, tendo sido controlado pelas autoridades britânicas.